
De 12 de maio a 21 de junho, a Irmã Teresa Katumbu, Conselheira Geral, visitou o Noviciado Interprovincial e algumas comunidades em Angola onde vivem irmãs em formação, dando assim seguimento aos compromissos assumidos na visita anterior.
El motivo principal de esta visita fue proporcionar acompañamiento y apoyo al Noviciado Interprovincial mediante encuentros formativos con las novicias así como con el resto de hermanas y el Gobierno Provincial. En concreto, las comunidades visitadas por la Consejera General fueron: Viana, Santa Ana, Canhe, Cacilhas, Vavayela, Cachiungo, Cubal y Santa Cruz.
Le preguntamos directamente a ella, a la hermana Teresa, algunas cuestiones de interés general.
¿Con qué sueña la Compañía en Angola?
Em terra africana, a Companhia sonha em ser uma presença teresiana que seja sinal de esperança e transformação nas periferias e realidades mais vulneráveis dos diferentes países. Queremos ser comunidades abertas e interculturais, que acolhem a diferença como riqueza e cuidam dos vínculos com ternura e verdade. Desejamos ser uma Família Teresiana corresponsável, comprometida com a vida e a missão, enraizada no carisma teresiano de Enrique de Ossó. Queremos que a nossa economia esteja a serviço do Reino: que seja transparente, simples e solidária; gerida com responsabilidade, com visão de futuro e critérios de sustentabilidade. Apostamos numa missão educativa que seja transformadora e compassiva; que saiba escutar e acompanhar os processos formativos de forma consciente e integradora. Também desejamos processos formativos que dialoguem com a cultura africana e com os desafios contemporâneos, que tenham como resultado mulheres consagradas maduras, livres, enraizadas em Deus e abertas ao mundo.
¿Cómo resumirías los días vividos en Angola?
Foram dias vividos num clima de simplicidade, fraternidade e escuta profunda. Encontrei-me pessoalmente com cada irmã, partilhamos a vida com profundidade e celebrámos juntas a fé que nos une. Cada encontro foi um espaço sagrado de humanidade e comunhão.
Nas comunidades de Viana e Santa Ana, além dos diálogos pessoais, tivemos encontros formativos com as irmãs de votos perpétuos, vividos com confiança, abertura e um desejo sincero de crescer na corresponsabilidade, particularmente nas dinâmicas formativas. Percebi o anseio de avançar juntas, na fidelidade ao carisma e aos desafios do presente.
Nos dias 17 e 18 de maio, assim como no dia 21 de junho, realizámos reuniões com o Governo Provincial. Foram momentos fecundos de discernimento e avaliação, marcados pela disponibilidade, abertura e corresponsabilidade. A avaliação dos passos dados desde a visita anterior permitiu renovar o compromisso com os processos em curso, com especial atenção à economia, à formação e ao serviço de governo. Pude constatar um governo atento, próximo e em sintonia com a missão recebida.
¿Cómo fue tu experiencia en el Noviciado Interprovincial?
De 20 de maio a 6 de junho, desloquei-me ao Noviciado Interprovincial em Huambo–Cacilhas, onde partilhei o caminho com um grupo multicultural de oito noviças cheias de vida, alegria e paixão por Jesus. Desde o primeiro momento, pude experimentar uma comunidade viva, na qual se respira simplicidade, acolhimento e um profundo desejo de crescer no seguimento de Jesus ao estilo teresiano. Vivemos espaços formativos marcados pela participação ativa, profundidade nos conteúdos e uma forte experiência de comunidade. Cada momento tornou-se uma oportunidade para cultivar vínculos, abrir-se à escuta e deixar-se transformar pelo processo formativo. Celebrámos juntas momentos de fraternidade simples e autêntica, nos quais ressoou com força o desejo de enraizar-se na Fonte.
No convívio quotidiano, pude constatar uma busca sincera de Deus nas noviças, uma sede de interioridade e um compromisso crescente com o próprio processo de transformação. Há nelas perguntas profundas, desejo de verdade e uma clara vontade de deixar-se formar desde dentro.
As entrevistas pessoais com as noviças e com as irmãs da comunidade foram espaços valiosos de escuta e discernimento, onde emergiram sinais de vida, desafios formativos e um claro anseio de crescer em liberdade, responsabilidade e fidelidade.
O ambiente formativo é vivido como um espaço dinâmico e respeitoso, onde a pedagogia do acompanhamento vai abrindo caminho. A comunidade aparece como um verdadeiro espaço de transformação evangélica, onde a missão vai sendo gerada a partir do quotidiano e do mais profundo.
Nas comunidades de Canhe, Vavayela e Cubal, onde vivem irmãs junioras, oferecemos espaços de formação e diálogo sobre a vida comunitária como lugar formativo. Tornou-se visível a consciência de que todas estamos em caminho, e de que somente comunidades em constante formação podem acompanhar com autenticidade.
¿Cómo vuelves a España?
Esta visita confirmou que o Espírito continua a animar os nossos passos. Jovens comprometidas, comunidades em busca, e um Governo Provincial atento são sinais claros de um corpo congregacional vivo, em caminho de conversão e renovação.
Regreso agradecida por todo lo vivido, con la esperanza renovada. Gracias a cada hermana y comunidad por la acogida fraterna, la confianza y la disponibilidad. Esta experiencia renueva en mí el deseo de seguir construyendo juntas una vida consagrada significativa, en fidelidad creativa al carisma teresiano, al servicio del Reino y de los más pequeños.